RETINOPATIA DIABÉTICA - DA FISIOPATOLOGIA AO TRATAMENTO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Victória Eduarda Cavalcanti de Moraes Universidade Federal de Alagoas
  • Nichollas Botelho da Fonseca
  • Milena Figueiredo de Medeiros
  • Pedro Fellipe Dantas Cordeiro
  • Patrícia Lúcia Silva Sampaio Leite
  • Victor Gomes Rocha
  • Samara Silva Noronha Cavalcante
  • Isabelle Ataíde Correia Lima Brandão
  • Luiz Eduardo Vanderlei Torres
  • Mateus Oliveira Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.122

Palavras-chave:

Retinopatia Diabética, Fisiopatologia, Diagnóstico, Tratamento

Resumo

Introdução: A retinopatia diabética (RD) é uma complicação ocular progressiva e comum associada ao diabetes mellitus (DM), sendo uma das principais causas de cegueira adquirida em adultos. A fisiopatologia da RD é complexa, envolvendo processos inflamatórios, estresse oxidativo, disfunção endotelial e alterações neurodegenerativas na retina. O tratamento da RD evoluiu de abordagens como a fotocoagulação a laser para terapias mais direcionadas e menos invasivas, como agentes antiangiogênicos. Metodologia: Este artigo baseia-se em uma revisão integrativa da literatura científica disponível nas bases de dados PubMed e Scielo. A busca incluiu termos relacionados a "retinopatia diabética", "fisiopatologia", "diagnóstico" e "tratamento". Foram selecionados artigos de revisão e ensaios clínicos publicados nos últimos 14 anos, entre 2010 e 2024. Resultados e Discussão: A RD é caracterizada por alterações vasculares que podem levar à perda de visão irreversível. A inflamação desempenha um papel central na disfunção endotelial e na progressão da doença. O diagnóstico precoce e preciso é crucial, com avanços em biomarcadores e tecnologia de imagem, como a tomografia de coerência óptica (OCT), melhorando a precisão diagnóstica. No tratamento, agentes anti-VEGF, como o ranibizumabe, têm mostrado eficácia significativa. Novos tratamentos, como o faricimabe, que inibe tanto o VEGF quanto a angiopoietina, apresentam melhor estabilidade vascular. Conclusão: A RD é uma importante causa de cegueira adquirida, associada à complexidade do diabetes mellitus. As novas terapias, como agentes anti-VEGF e o faricimabe, prometem melhorar a eficácia dos tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa contínua é essencial para o desenvolvimento de abordagens mais eficazes, visando reduzir o impacto global da RD.

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Publicado

2024-08-14

Edição

Seção

Ciências da Saúde