TRIAGEM NEONATAL DO HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO: FATORES DE RISCOS, DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.147Palavras-chave:
Triagem Neonatal, Hipotireoidismo Congênito, Fatores de RiscoResumo
Introdução: O Hipotireoidismo Congênito (HC) consiste em uma condição caracterizada por secretar de forma ineficiente os hormônios da tireóide, como a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), os quais atuam na fisiologia de órgãos e são fundamentais à maturação do Sistema Nervoso Central (SNC). Reitera-se que o momento ideal para o diagnóstico do HC é ainda no período neonatal, visto que a deficiência dos hormônios supracitados pode ocasionar em lesões de cunho neurológico e, por sua vez, culminar em retardo mental grande. Contudo, as crianças afetadas, aproxidamanete 95%, não apresentam sintomatologia sugestiva no período do nascimento, o que atribui maior gravidade a doença. Objetivo: Analisar os fatores de riscos, diagnóstico e manejo clínico da Triagem Neonatal do Hipotireoidismo Congênito por meio de uma revisão integrativa. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, um instrumento da prática baseada em evidências. A análise de dados foi proveniente da Biblioteca Virtual em Saúde nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) através dos descritores indexados e não indexados (palavras-chave) nos idiomas português e inglês: “Triagem Neonatal”, “Neonatal Screening”, “Hipotireoidismo Congênito”, “Congenital Hypothyroidism”, “Fatores de risco”, “Risk Factors” combinados entre si pelos operadores boleanos AND e OR. A partir da busca inicial, ocorrida em julho de 2024, 6 (seis) foram condizentes com a questão de pesquisa. Resultados e Discussão: Evidenciou-se que o HC, se não diagnosticado em período oportuno, pode levar a casos de déficits de desenvolvimento cognitivo, podendo ser irreversível. Nesse sentido, torna-se fundamental para a melhoria do prognóstico depende do tempo para o início do tratamento, identificação precoce dos fatores de risco e diagnóstico no estágio inicial. Por isso, reitera-se que requer o rastreamento entre os recém-nascidos do 3º ao 5º dia de vida por meio da Triagem Neonatal. A sintomatologia, na maioria dos casos, não surge até os três primeiros meses e, com isso, há a dificuldade no manejo clínico. Conclusão: Constatou-se a condição consiste em uma deficiência na glândula da tireóide, a qual representa uma problemática aos serviços de saúde por não apresentar sintomas ao nascimento. Para tanto, urge a necessidade de encaminhamento ao atendimento especializado pelos profissionais de saúde visando melhores resultados e, por conseguinte, o prognóstico.
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