ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR FARINGITE AGUDA E AMIGDALITE AGUDA NO BRASIL, ENTRE 2019 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.213Palavras-chave:
Faringite, Amigdalite, Internações, Epidemiologia, PolíticasResumo
INTRODUÇÃO: A faringite aguda e a amigdalite aguda são infecções comuns do trato respiratório superior, caracterizadas por inflamação e dor na garganta, frequentemente causadas por vírus ou bactérias. Essas condições afetam principalmente crianças e adultos jovens, podendo levar a complicações graves se não tratadas adequadamente. Este estudo analisa a epidemiologia das internações por faringite e amigdalite aguda no Brasil, destacando fatores de risco e variações regionais. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações por faringite e amigdalite aguda no Brasil. METODOLOGIA: O estudo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (TABNET/DATASUS). A análise abrangeu internações por faringite aguda e amigdalite aguda no Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, empregando estatística descritiva e tabulação em planilhas do Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados mostram variação significativa nas internações por faringite e amigdalite aguda no Brasil entre 2019 e 2023. Com um total de 48.711 internações, a Região Nordeste lidera com 20.866 casos, seguida pela Região Sudeste com 10.073. Houve uma queda em 2020 e 2021, possivelmente devido à pandemia de COVID-19, mas uma recuperação em 2022 e 2023, especialmente no Nordeste, destaca a importância da vigilância contínua e medidas preventivas. CONCLUSÃO: A análise das internações por faringite aguda e amigdalite aguda entre 2019 e 2023 mostra padrões regionais complexos, com a Região Nordeste apresentando maiores desafios. A pandemia reduziu as internações em 2020, mas houve uma recuperação em 2022 e 2023. Esses dados destacam a necessidade de estratégias de saúde pública adaptadas às especificidades regionais, visando melhorar o acesso a cuidados e enfrentar disparidades para promover uma saúde pública mais eficaz e equitativa.
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