ACIDOSE TUBULAR RENAL TIPO 1 SECUNDÁRIA À REJEIÇÃO CRÔNICA DE TRANSPLANTE RENAL: UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.227Palavras-chave:
Acidose tubular renal distal, Transplante renal, Rejeição crônicaResumo
A acidose tubular renal distal (ATR tipo 1) é uma complicação rara, mas significativa, em pacientes submetidos a transplante renal, especialmente quando associada à rejeição crônica do enxerto. Este relato descreve o caso de um paciente masculino de 52 anos, com histórico de doença renal crônica e transplante renal, que desenvolveu ATR tipo 1 secundária. O paciente apresentou-se inicialmente com pielonefrite aguda e piora da função renal, evoluindo para hipocalemia severa, hipomagnesemia e hiperuricemia. A investigação laboratorial confirmou o diagnóstico de ATR tipo 1, condição que se caracteriza pela falha na secreção de íons hidrogênio no túbulo distal, levando à acidose metabólica com gap aniônico normal e distúrbios eletrolíticos graves. A ATR tipo 1 neste contexto pode estar associada ao uso prolongado de inibidores de calcineurina, como o tacrolimus, que alteram a expressão e a distribuição de proteínas essenciais para o transporte ácido-base, além de promover danos funcionais nos túbulos renais. O manejo adequado desta condição incluiu a reposição de eletrólitos e ajustes na terapia imunossupressora, resultando em melhora clínica do paciente. Este caso destaca a importância da detecção precoce e do manejo adequado da ATR tipo 1 para prevenir complicações graves e preservar a função do enxerto em pacientes transplantados renais.
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