ONCOLOGIA PEDIÁTRICA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS

Autores

  • Giovana de Godoy Moreira Centro Universitário São Camilo
  • Thais Haus
  • Ruth Silva Rodrigues
  • Vanessa Maciel da Silva
  • Jonadabe Cabral de Souza
  • Isabel Cristina Silva de Lira
  • Catharina Carvalho Santana
  • Ana Vitoria Pereira de Carvalho
  • Talia Cavalcante de Souza
  • Jeane ressurreição da silva
  • Karla Patrícia da Silva Maciel Assis
  • Maria Eduarda Daenecke Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.234

Palavras-chave:

Papel do Enfermeiro, Repercussão Emocional, Saúde da Criança, Oncologia Pediátrica

Resumo

Introdução: A Oncologia Pediátrica é definida como a sub especialidade que estuda o desenvolvimento de tumores cancerígenos no organismo infantil. É crucial entender-se o impacto psicológico que a enfermidade causa em três âmbitos: no próprio paciente, na família do paciente e no profissional que lhe presta assistência, para que se possam estabelecer Objetivo: Compreender a extensão dos impactos psicológicos do paciente, família e profissional de enfermagem acerca do câncer na criança. Método: Trata-se de uma revisão de literatura, cujo objetivo foi alcançado por meio de pesquisa de artigos científicos na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando-se os seguintes DeCS: "Oncologia Clínica", "Saúde da Criança", "Oncologia Pediátrica", "Papel do Enfermeiro", "Enfermeiro", "Estresse psicológico", "Consequências Psicológica. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis integralmente, publicados entre 2019 e 2024, que abordassem a questão de pesquisa proposta e, os de exclusão, artigos de revisão, publicados antes de 2019, em idiomas diferentes do português e inglês e estudos que não atendessem à questão norteadora. Resultados e Discussão: O tratamento oncológico infantil é longo e complexo, que exige cuidados específicos por uma equipe multiprofissional, e mudanças significativas no dia a dia das famílias envolvidas. São frequentes os relatos de pais que se sentem sobrecarregados com a quantidade de informação que recebem, frustrados quando esta é inconsistente e exaustos. Essa trajetória, traz vulnerabilidade à segurança do paciente e sua família, em razão de possível inconstância dos cuidados por falta ou perda de informações essenciais. Ao mesmo tempo que há a necessidade de ajustar a rotina do filho, com seus compromissos médicos, educacionais e de lazer, os pais têm de adquirir um conjunto de saberes e competências que lhes permita cuidar do seu filho com segurança. Para os profissionais de enfermagem, o sofrimento dos pais pela perda do filho gera um sentimento de puro pesar, compartilhando o processo de morte. O profissional pode passar por sentimento de luto com frequência, gerando tristeza , estresse, desgaste, desmotivação pelo serviço. Por conta das relações estabelecidas durante o tratamento, até o falecimento da criança, surge a necessidade de se implementar ações no serviço hospitalar, visando apoio a essas situações do cotidiano assistencial, no intuito de minimizar sentimentos negativos, possibilitando um cuidado humanizado ao outro.Conclusão: A não aceitação do diagnóstico por parte dos pais implica em uma jornada ainda mais extensa e difícil no tratamento da enfermidade. O mesmo se diz com o sofrimento parental, ao ter que lidar com a escolha do tratamento: se o objetivo é curar a doença, retardar seu crescimento e aumentar a sobrevida ou aliviar os sintomas de seu filho. É possível também concluir que, de maneira geral, as crianças possuem maior aceitação do que seus familiares ou até mesmo os enfermeiros. Os familiares, dentre todos, estão em piores condições de saúde mental, fazendo-se necessário um olhar mais atento e sensível a estes. Mostra-se perceptível que, quanto maior o tempo de estudo ou especificidade da especialização escolhida pelo enfermeiro, maior a capacidade de enfrentar grandes cargas emocionais decorrentes da assistência ao paciente oncológico infantil.

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Publicado

2024-09-08

Edição

Seção

Ciências da Saúde