NEUROPLASTICIDADE E RECUPERAÇÃO FUNCIONAL PÓS-AVE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.241Resumo
Introdução: Sabe-se que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma causa importante de morbidade ao redor do globo; além de ter altos índices de mortalidade, é também uma das patologias mais comumente associadas a sequelas à longo prazo. Atualmente, a plasticidade cerebral é considerada por muitos como a melhor chance que pacientes acometidos por tais sequelas têm de terem uma boa recuperação de sua capacidade funcional, tendo em vista que o cérebro é um órgão adaptável e que, diferentemente do que se pensava antes, nem toda lesão que o acomete é de caráter irreversível. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa acerca do tema proposto, embasada em artigos científicos completos em português ou inglês, anexados em bases dados como PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde e outros, no recorte temporal entre 2004 e 2024, usando de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para selecionar os trabalhos que melhor se encaixam na pesquisa. Resultados e discussão: A priori, estudos usando técnicas de neuroimagem e neurofisiologia foram aplicadas no cérebro de pacientes pós-AVE para investigar mais a fundo a dinâmica motora do órgão lesado; os resultados de tais pesquisas, por sua vez, indicam que áreas motoras não primárias podem contribuir significativamente para o movimento do membro parético após o AVE. Ao se ter conhecimento desse padrão de funcionamento cerebral, por sua vez, é possível respaldar o desenvolvimento de técnicas mais direcionadas à remodulação do encéfalo lesionado, de forma a tentar minimizar as sequelas de tais lesões; exemplos destas técnicas são a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a estimulação transcraninana de corrente contínua (ETCC). Conclusão: Com base no exposto, possível inferir que a neuroplasticidade é, de fato, uma ferramenta importante na condução de pesquisas atuais sobre a reabilitação de pacientes com sequelas de Acidente Vascular Encefálico. O conhecimento sobre tal característica do encéfalo é crucial para embasar terapias de suporte mais modernas e menos invasivas.
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