O TRATAMENTO DA SÍNDROME DE CHILAIDITI: UM ARTIGO DE REVISÃO
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.249Palavras-chave:
Síndrome de Chilaiditi, tratamento, cirurgiaResumo
Introdução: O sinal de Chilaiditi é caracterizado pela interposição de alças intestinais na região hepatodiafragmática e que causa o achado incidental de ar subfrênico. Quando há sintomas relacionados a essa condição (especialmente os gastrointestinais) passa a se chamar de Síndrome de Chilaiditi (SCH). O presente estudo é uma revisão sistemática da literatura acerca do tratamento da SCH e que objetiva trazer atualizações de uma temática pouco explorada e rara na população, mas que pode causar complicações. Metodologia: utilizando a declaração PRISMA e os descritores “síndrome de Chilaiditi” e “tratamento” na Biblioteca Virtual em Saúde, foram encontrados 41 artigos. Resultados: aplicados critérios de inclusão (artigos em inglês ou português entre os anos de 2019 e 2024) e retirando-se textos dentro dos critérios de exclusão (feitos em animais, textos repetidos ou que não se encaixavam no tema e ainda aqueles incompletos), restaram 10 artigos. Discussão: O diagnóstico da SCH geralmente ocorre ao acaso, por meio de exames de imagem que irão identificar a parte do intestino fora do seu espaço habitual. A cirurgia é feita apenas em casos necessários (fluxo intestinal de fato comprometido, sinais de isquemia de alças ou risco de morte). Repouso, administração de fluidos hídricos, medicamentos sintomáticos e descompressão nasogástrica ou retal são boas medidas iniciais. Já as cirurgias podem envolver retirada de parte do intestino ou apenas o realocamento com fixação para se evitar recidivas. Conclusão: A SCH é uma condição rara e que tem como diagnósticos diferenciais o abscesso subfrênico e o pneumoperitônio. O tratamento é, na maioria das vezes, conservador. Caso o paciente não melhore, deve-se suspeitar de condições mais graves ou de doenças e alterações que interfiram nessa melhora, de modo que a equipe cirúrgica deve estar pronta para atuar.
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