ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR FARINGITE AGUDA E AMIGDALITE AGUDA EM CRIANÇAS DE ATÉ 9 ANOS NO BRASIL, ENTRE 2019 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.291Palavras-chave:
Faringite aguda, Amigdalite aguda, Internações, Saúde infantil, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: A faringite aguda e a amigdalite aguda são infecções respiratórias comuns em crianças, caracterizadas por inflamação da faringe e das amígdalas, respectivamente. Essas condições podem ser causadas por vírus ou bactérias e frequentemente resultam em hospitalizações devido ao risco de complicações. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações por faringite e amigdalite aguda em crianças de até 9 anos no Brasil. METODOLOGIA: O estudo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (TABNET/DATASUS). A análise abrangeu internações por faringite aguda e amigdalite aguda em crianças de até 9 anos no Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, empregando estatística descritiva e tabulação em planilhas do Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados revelam uma redução nas internações por faringite aguda e amigdalite aguda em 2020, com 3.066 casos, refletindo o impacto das medidas de distanciamento social durante a pandemia de COVID-19. A partir de 2021, as internações aumentaram progressivamente, alcançando 6.510 em 2023. A Região Nordeste apresentou o maior número de casos ao longo do período, destacando desigualdades no acesso à saúde. O retorno das atividades presenciais contribuiu para o aumento das hospitalizações, especialmente nas regiões mais vulneráveis. CONCLUSÃO: Em conclusão, os dados de internações por faringite aguda e amigdalite aguda entre 2019 e 2023 destacam o impacto da pandemia e as desigualdades regionais no Brasil. A análise evidencia a necessidade urgente de estratégias de saúde pública focadas na prevenção, ampliação da cobertura vacinal e melhoria no acesso ao atendimento, especialmente nas regiões mais vulneráveis e nas faixas etárias mais afetadas.
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