DIAGNÓSTICO E GERENCIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO DOS MÉTODOS ATUAIS E SUA EFICÁCIA NA DETECÇÃO PRECOCE

Autores

  • Daniele do Nascimento Lino Uniatenas Paracatu
  • Silvanna Raquel Marinheiro da Silva Stanescu Medicina, Universidade potiguar Natal/RN
  • Victoria Melo Costa Medicina, Universidade Potiguar, Natal -RN
  • Gabriela Ximenes de Aragão Fernandes Centro Universitário Unifacisa. Campina Grande. Paraíba
  • Rafael Lourenço Donadeli Universidade Federal de São João del Rei, Divinópolis, Minas Gerais https://orcid.org/0000-0002-4805-1507
  • Rodrigo Araújo Alencar Universidade Potiguar (Unp) / Natal - Rn
  • Sofia Barbosa Zamboni Medicina, Universidad Internacional Tres Fronteras, Ciudad Del Este, Paraguay
  • Ana Carla Gardene Moreira Silva Medicina, Revalidada pela Universidade de Brasília - UNB
  • Anannda Evellyn de Souza Gonçalves Medicina, Universidade Potiguar - UNP, Natal - RN
  • Clebiana da Rocha Lima Medicina, Universidade Internacional Três Fronteiras, Del Este Paraguai
  • Fábio Henrique Tomaz de Aquino Universidade Privada Del Este, Del Este Paraguai

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.91

Palavras-chave:

Doença Renal Crônica, Diagnóstico Precoce, Biomarcadores, Testes de Função Renal, Técnicas de Imagem

Resumo

A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública crescente, afetando cerca de 10% da população mundial. Caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função renal, frequentemente assintomática nos estágios iniciais, o que dificulta a detecção precoce. As principais causas incluem diabetes mellitus, hipertensão arterial e glomerulonefrites. A detecção precoce é essencial para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este estudo de revisão sistemática teve como objetivo avaliar a eficácia dos métodos diagnósticos utilizados na detecção precoce da DRC e discutir sua importância na melhoria dos desfechos clínicos dos pacientes. Foram analisados artigos científicos publicados entre 2010 e 2023 nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram incluídos estudos que abordam métodos diagnósticos para DRC, focando em biomarcadores séricos, testes de função renal e técnicas de imagem. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada utilizando a ferramenta da Joanna Briggs Institute (JBI). A revisão incluiu 45 estudos com aproximadamente 20.000 participantes. Os principais achados foram: a creatinina sérica apresentou sensibilidade de 70%-85% e especificidade de 65%-80%, enquanto a cistatina C mostrou maior sensibilidade (85%-95%) e especificidade (80%-90%). A combinação de ambos melhorou a acurácia diagnóstica. A taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), especialmente pela fórmula CKD-EPI, mostrou sensibilidade de 80%-95% e especificidade de 75%-90%. A ultrassonografia renal apresentou sensibilidade de 75%-90% e especificidade de 70%-85%, enquanto a ressonância magnética e a tomografia computadorizada foram recomendadas para casos específicos. A integração desses métodos em um protocolo diagnóstico combinado é crucial para a detecção precoce e precisa da DRC, permitindo intervenções mais rápidas e personalizadas. Em conclusão, a combinação de biomarcadores séricos, testes de função renal e técnicas de imagem oferece uma abordagem abrangente e eficaz para a detecção precoce da DRC. A implementação desses métodos nos protocolos clínicos pode melhorar significativamente os desfechos dos pacientes, retardando a progressão da doença e reduzindo a necessidade de terapias de substituição renal.

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Publicado

2024-07-26

Edição

Seção

Ciências da Saúde