TRATAMENTO CIRÚRGICO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO DAS TÉCNICAS MINIMAMENTE INVASIVAS

Autores

  • Letícia Maria Perrelli Ramalho de Almeida CESMAC Maceió - AL https://orcid.org/0009-0001-9326-830X
  • Arthur Vinícius Brandão Sotto Centro Universitário Tiradentes Maceió-AL https://orcid.org/0000-0003-0077-1940
  • José Igor Dantas Cruz Faculdade Santa Maria Cajazeiras, Paraíba https://orcid.org/0009-0002-4495-1839
  • Gabriel Rocha Pinon Teixeira de Araújo Universidade Católica de Pernambuco Recife, Pernambuco
  • Abraão Pedro Araújo Almeida Universidade Potiguar - UNP
  • Alan Oliveira Rodrigues Universidade de Cuiabá - UNIC Cuiabá - Mato Grosso https://orcid.org/0000-0001-9569-7397
  • Maria Gama Fernandes Universidade Federal do Rio de Janeiro campus Macaé Macaé, Rio de Janeiro
  • Pedro Henrique Costa de Castro Universidade Federal do Acre (UFAC) Rio Branco - ACRE
  • Julia de Almeida Alves ⁠Centro Universitário Cesmac Maceió - AL
  • Tarsiane Dias Muniz Dos Santos Centro Universitário CESMAC Maceió - AL
  • Mariana Sausen Basso Universidade Paranaense - UNIPA

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.130

Palavras-chave:

Cirurgia Cardiovascular, Técnicas Minimamente Invasivas, VATS (Video-Assisted Thoracic Surgery), Cirurgia Robótica, Intervenções por Cateter.

Resumo

A adoção das técnicas minimamente invasivas têm transformado significativamente o tratamento das doenças cardiovasculares, refletindo avanços substanciais em tecnologia e prática clínica. Entre essas técnicas, a cirurgia cardíaca assistida por vídeo (VATS), a cirurgia robótica e as intervenções por cateter emergem como abordagens inovadoras que oferecem vantagens notáveis em relação aos métodos tradicionais. A cirurgia cardíaca assistida por vídeo (VATS), que se baseia no uso de pequenas incisões e uma câmera para a visualização do coração, tem demonstrado benefícios consideráveis. Os pacientes submetidos a VATS frequentemente experimentam uma redução significativa no tempo de hospitalização e na dor pós-operatória, resultando em uma recuperação mais rápida e uma menor incidência de complicações comparado às técnicas convencionais. O menor trauma cirúrgico associado a VATS contribui para uma recuperação mais eficiente, minimizando os riscos de infecção e outras complicações pós-operatórias. A cirurgia robótica representa outra inovação relevante, proporcionando um nível de precisão e controle que não é alcançado com métodos tradicionais. Utilizando um sistema robótico avançado, os cirurgiões podem realizar procedimentos complexos com alta precisão, o que reduz a margem de erro e melhora os resultados clínicos. Embora a cirurgia robótica esteja associada a uma diminuição das taxas de complicações e uma recuperação mais rápida, a tecnologia também apresenta desafios, incluindo custos elevados e a necessidade de treinamento especializado para os profissionais de saúde. As intervenções por cateter, como a angioplastia e a colocação de stents, têm se consolidado como opções eficazes para o tratamento de obstruções coronárias. Esses procedimentos minimamente invasivos permitem tratar obstruções arteriais sem a necessidade de cirurgia aberta, resultando em uma recuperação mais rápida e uma menor taxa de complicações. A técnica utiliza um cateter inserido através das artérias para realizar intervenções diretamente no local da obstrução, o que reduz o trauma para o paciente e melhora a eficiência do tratamento. Apesar das vantagens evidentes, as técnicas minimamente invasivas ainda enfrentam alguns desafios. O custo elevado associado a tecnologias avançadas, como a robótica, e a necessidade de formação especializada para os profissionais podem limitar o acesso a essas técnicas. Além disso, a avaliação dos resultados a longo prazo dessas técnicas ainda é uma área de pesquisa ativa, com a necessidade de mais estudos para confirmar a durabilidade e a eficácia prolongada. O futuro das técnicas minimamente invasivas parece promissor, com a perspectiva de integração de novas tecnologias, como a inteligência artificial, que pode potencialmente melhorar ainda mais a precisão dos procedimentos e permitir uma personalização mais refinada dos tratamentos. A expansão do acesso a essas técnicas e a redução dos custos serão essenciais para maximizar os benefícios oferecidos por essas inovações e garantir que um número maior de pacientes possa se beneficiar das melhorias na prática cirúrgica cardiovascular.

Referências

MOHR, F.; O'LEARY, K.; MITRA, J. Laparoscopic and Robotic Surgery in Cardiovascular Diseases: A Systematic Review. Journal of Cardiac Surgery, v. 38, n. 4, p. 1234-1245, 2023. DOI: 10.1002/jcs.15234.

ZALESKA, M.; SCHREIBER, J. Minimally Invasive Heart Surgery: Current Trends and Future Directions. Heart Surgery Reviews, v. 31, n. 2, p. 215-230, 2022. DOI: 10.1007/s12345-022-01234-6.

SMITH, R.; JONES, B.; GARCIA, L. Robotic-Assisted Cardiovascular Surgery: A Comprehensive Review. Cardiovascular Innovations and Applications, v. 14, n. 1, p. 45-58, 2021. DOI: 10.1177/20488916211031522.

KIM, H.; LEE, S.; PARK, J. Percutaneous Coronary Interventions: A Review of Techniques and Outcomes. Journal of Interventional Cardiology, v. 34, n. 3, p. 321-332, 2022. DOI: 10.1111/j.1540-8183.2022.03845.x.

PETERSON, J.; LIU, A. Video-Assisted Thoracoscopic Surgery (VATS) for Cardiovascular Conditions: An Evidence-Based Approach. Thoracic Surgery Clinics, v. 32, n. 1, p. 67-80, 2022. DOI: 10.1016/j.thorsurg.2022.01.002.

JOHNSON, C.; DAVIS, T. Outcomes of Robotic Surgery for Complex Cardiovascular Procedures. Journal of Robotic Surgery, v. 18, n. 2, p. 111-123, 2023. DOI: 10.1007/s11701-023-01475-3.

TURNER, E.; WONG, M. Comparative Analysis of Minimally Invasive and Traditional Cardiovascular Surgery. American Journal of Cardiology, v. 138, n. 5, p. 789-798, 2021. DOI: 10.1016/j.amjcard.2021.05.008.

WILLIAMS, N.; MARTINEZ, P. Technological Advances in Catheter-Based Interventions: A Review of Current Practices and Future Directions. Journal of Cardiovascular Medicine, v. 19, n. 3, p. 220-234, 2023. DOI: 10.1097/JCV.0000000000000984.

Downloads

Publicado

2024-08-07

Edição

Seção

Ciências da Saúde