GLAUCOMA SECUNDÁRIO DE ÂNGULO ABERTO - DA FISIOPATOLOGIA AO TRATAMENTO: UM ARTIGO DE REVISÃO
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.157Palavras-chave:
Glaucoma de Ângulo Aberto, Glaucoma de Ângulo Aberto Secundário Crônico, Diagnóstico, Fisiopatologia, TratamentoResumo
Introdução: O glaucoma é a principal causa de cegueira mundial. Sua prevalência tem aumentado com o envelhecimento da população. Caracteriza-se por neuropatias ópticas progressivas, resultando em escavações do disco óptico, degeneração da retina e perda da visão. Fatores como pressão intraocular (PIO) elevada e fluxo sanguíneo ocular anormal estão relacionados à sua patogênese. Embora o tratamento atual esteja voltado à redução da PIO, ele apenas retarda a progressão da doença, sem reverter os danos já instalados. O glaucoma secundário de ângulo aberto possui várias etiologias e exige investigação detalhada para um tratamento eficaz. Objetivo: Fornecer uma visão atualizada sobre o glaucoma secundário de ângulo aberto, envolvendo mecanismos fisiopatológicos e opções terapêuticas disponíveis. Metodologia: A pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Os artigos foram selecionados nas bases de dados Medline via PubMed e Scielo. Para a busca, utilizaram-se os seguintes descritores: glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo aberto secundário crônico, diagnóstico, fisiopatologia e tratamento. Incluíram-se artigos de revisão, estudos experimentais e ensaios clínicos dos últimos cinco anos. Após a leitura dos títulos, resumos e textos completos, permaneceram cinco artigos. Resultados e Discussão: Com a análise dos artigos, notou-se que o glaucoma secundário de ângulo aberto causa o aumento da PIO, podendo levar a lesões no nervo óptico e cegueira. Sendo suas principais causas o glaucoma pseudoexfoliativo, pigmentar, inflamatório e induzido por corticoides. Seu diagnóstico exige uma análise criteriosa da história clínica e exames específicos. Quanto ao tratamento, observou-se que varia conforme a etiologia. Condições infecciosas e uso de medicamentos, como os corticosteróides, podem elevar a PIO, exigindo tratamento e monitoramento rigorosos. Conclusão: O glaucoma por possuir diversas etiologias, identificar a causa é crucial para direcionar o tratamento - seja por meio de anti-replicadores virais, cirurgias ou infiltração intravítrea anti-VEGF -, a fim de reduzir a PIO e prevenir as lesões ao nervo óptico. Devido à irreversibilidade das lesões, tornam-se de extrema importância a detecção e o tratamento precoces.
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