IMPACTO DA TELEMEDICINA NA CONTINUIDADE DO CUIDADO EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.166Resumo
Introdução: É sabido que a gestão de doenças crônicas representa um dos maiores desafios para os sistemas de saúde em todo o mundo, sobretudo devido à sua alta prevalência e à necessidade contínua de cuidados a longo prazo. Nesse contexto, nos últimos anos, a telemedicina emergiu como uma ferramenta promissora para melhorar a acessibilidade e a eficiência dos serviços de saúde. O presente estudo visa explorar o impacto da telemedicina na continuidade do cuidado em pacientes com doenças crônicas, avaliando a aplicabilidade desta sobretudo na realidade brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa acerca do tema proposto, embasada em artigos científicos completos em português ou inglês, anexados em bases dados como PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde e outros, no recorte temporal entre 2014 e 2020, usando de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para selecionar os trabalhos que melhor se encaixam na pesquisa. Resultados e discussão: A telemedicina tem o potencial de transformar a continuidade do cuidado em pacientes com doenças crônicas, ao facilitar o monitoramento contínuo e a comunicação entre pacientes e profissionais de saúde, independentemente da localização geográfica. Esse impacto positivo pode ser observado em diversas dimensões do cuidado, desde a melhoria na adesão ao tratamento até a redução de complicações graves associadas a essas condições. Ainda, a implementação da telemedicina no cuidado de pacientes crônicos pode também gerar uma redução significativa nos exorbitantes custos de saúde. Contudo, embora a telemedicina ofereça, sem dúvidas, inúmeros benefícios para a continuidade do cuidado, sua implementação também enfrenta desafios, principalmente em um país com altas taxas de desigualdade econômica e social como o Brasil. Conclusão: a telemedicina e a telessaúde em geral são inovações que têm um imenso potencial para revolucionar o sistema de saúde brasileiro, mas ainda necessitam de adaptações para que se tornem meios de equidade e não ferramentas que acentuam ainda mais as desigualdades na população.
Palavras-chave: Telemedicina. Doença Crônica. Continuidade da Assistência ao Paciente.
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