BENEFÍCIOS DA TROMBÓLISE PRECOCE NO MANEJO DO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: UMA REVISÃO LITERÁRIA

Autores

  • Rayssa Almeida Nogueira Centro Universitário Redentor
  • Maria Eduarda Miniño Ferrari Centro Universitário Redentor
  • Vinícius Rodrigues Mendonça Centro Universitário Redentor
  • Nicole Almeida Ramos Jaegge Centro Universitário Redentor
  • Robison Antônio Coelho Junior Centro Universitário Redentor
  • Núbia Marques Pacheco Centro Universitário Redentor
  • Eustáquio Moreira Oliveira Filho Centro Universitário Redentor
  • Otavio Soares Torezani Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Arthur Vasconcellos Reinoso Centro Universitário Redentor
  • Juliana Quintanilha Schuabb Centro Universitário Redentor
  • Alexia Fernanda de Souza Ribeiro Vieira Centro Universitário Redentor

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.240

Palavras-chave:

Agentes Trombolíticos, Embolia Pulmonar, Terapia Trombolítica, Tromboembolismo Pulmonar

Resumo

O tromboembolismo pulmonar, TEP, corresponde a uma afecção pulmonar decorrente de obstrução da artéria pulmonar por trombos originários, principalmente, de eventos prévios de trombose venosa profunda em membros inferiores. Essa patologia apresenta alto índice de morbimortalidade associada, levando, em situações de maior gravidade, ao óbito. Diante disso, considerando-se a gravidade do TEP e a alta mortalidade associada, além dos exitosos gastos gerados ao sistema de saúde, decorrente do oneroso tratamento de reabilitação, justifica-se o presente estudo, que objetiva avaliar os benefícios da trombólise precoce no manejo do TEP, compreendendo seu papel na melhora do prognóstico e no desfecho clínico dos pacientes. Para a construção do estudo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica de revisão da literatura, utilizando artigos em inglês e português, publicados nos últimos 32 anos, em bases de dados de referência, como SciELO e PubMed. Percebeu-se, com a análise dos artigos coletados, que a trombólise desempenha um papel crucial no manejo do tromboembolismo pulmonar, aliada à anticoagulação plena, destacando a importância do rastreio e diagnóstico imediato, no ambiente da emergência ou da terapia intensiva. Essa medida pode ser instituída até o 14º dia de início dos sintomas, de forma preferencial nas primeiras 12 a 24 horas, estando ligada à redução de desfechos negativos, melhora no prognóstico e diminuição do tempo de internação hospitalar. Assim, as evidências presentes apoiam a necessidade de protocolos que enfatizem a trombólise precoce como uma intervenção crucial e indispensável para a redução da mortalidade, além da promoção de uma recuperação mais eficiente e segura aos pacientes.

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Publicado

2024-09-09

Edição

Seção

Ciências da Saúde