ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR COLELITÍASE E COLECISTITE NO BRASIL, ENTRE 2019 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.288Palavras-chave:
Colelitíase, Colecistite, Internações, Disparidades, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: A colelitíase é a formação de cálculos (pedras) na vesícula biliar, que podem obstruir os ductos biliares, levando a complicações. A condição é frequentemente assintomática, mas quando ocorre obstrução, pode causar dor intensa no abdômen, náuseas e vômitos. Já a colecistite é a inflamação da vesícula biliar, geralmente provocada pela obstrução dos ductos biliares por cálculos. A colecistite pode ser aguda ou crônica e frequentemente requer tratamento médico, incluindo cirurgia, para remoção da vesícula biliar. Ambas as condições estão relacionadas a fatores de risco como obesidade, sedentarismo, dietas ricas em gordura e idade avançada. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações por colelitíase e colecistite no Brasil. METODOLOGIA: O estudo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (TABNET/DATASUS). A análise abrangeu internações por colelitíase e colecistite no Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, empregando estatística descritiva e tabulação em planilhas do Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados de internações por colelitíase e colecistite no Brasil entre 2019 e 2023 mostram um total de 1.402.062 casos. A Região Sudeste teve a maior quantidade de internações, com 537.110 casos, seguida pela Região Nordeste com 368.538. Em 2020, houve uma queda no número de internações devido à pandemia, mas os números se recuperaram nos anos seguintes, especialmente em 2023, com 382.704 internações totais. A Região Norte apresentou o menor número de casos. CONCLUSÃO: A análise das internações por colelitíase e colecistite no Brasil entre 2019 e 2023 evidencia desigualdades regionais no acesso à saúde e na prevalência de fatores de risco. A pandemia de COVID-19 causou uma queda temporária nos casos, mas a recuperação subsequente reforça a importância de políticas públicas voltadas à prevenção e ao tratamento eficaz, com foco nas regiões mais carentes de infraestrutura e serviços médicos adequados.
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