ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR COLELITÍASE E COLECISTITE NO BRASIL, ENTRE 2019 E 2023

Autores

  • Kassio Covre Hospital Naval Marcílio Dias https://orcid.org/0009-0006-9800-3729
  • Julia Bino Aguiar da Silva Hospital Naval Marcílio Dias
  • Kalil Fernandes Chicaybam Hospital Naval Marcílio Dias
  • Caio Maia Martins de Souza Hospital Naval Marcílio Dias
  • Maria Augusta de Jesus Nunes Hospital Naval Marcílio Dias
  • Daniel Quadros de Souza Junior Hospital Naval Marcílio Dias
  • Eduardo Augusto Arruda de Miranda Hospital Naval Marcílio Dias
  • Clara Tibau Campos Hospital Naval Marcílio Dias
  • Thaís Oliveira dos Santos Hospital Naval Marcílio Dias
  • Thais Bethania Moreira Cunha Calixto Faculdade de Medicina de Petrópolis
  • Cristinne Alves Pereira Universidade Iguaçu https://orcid.org/0009-0001-4250-0770
  • Igor Gabriel Mendes Costa Universidade Federal do Amazonas https://orcid.org/0009-0007-9233-5113

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.288

Palavras-chave:

Colelitíase, Colecistite, Internações, Disparidades, Epidemiologia

Resumo

INTRODUÇÃO: A colelitíase é a formação de cálculos (pedras) na vesícula biliar, que podem obstruir os ductos biliares, levando a complicações. A condição é frequentemente assintomática, mas quando ocorre obstrução, pode causar dor intensa no abdômen, náuseas e vômitos. Já a colecistite é a inflamação da vesícula biliar, geralmente provocada pela obstrução dos ductos biliares por cálculos. A colecistite pode ser aguda ou crônica e frequentemente requer tratamento médico, incluindo cirurgia, para remoção da vesícula biliar. Ambas as condições estão relacionadas a fatores de risco como obesidade, sedentarismo, dietas ricas em gordura e idade avançada. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações por colelitíase e colecistite no Brasil. METODOLOGIA: O estudo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (TABNET/DATASUS). A análise abrangeu internações por colelitíase e colecistite no Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, empregando estatística descritiva e tabulação em planilhas do Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados de internações por colelitíase e colecistite no Brasil entre 2019 e 2023 mostram um total de 1.402.062 casos. A Região Sudeste teve a maior quantidade de internações, com 537.110 casos, seguida pela Região Nordeste com 368.538. Em 2020, houve uma queda no número de internações devido à pandemia, mas os números se recuperaram nos anos seguintes, especialmente em 2023, com 382.704 internações totais. A Região Norte apresentou o menor número de casos. CONCLUSÃO: A análise das internações por colelitíase e colecistite no Brasil entre 2019 e 2023 evidencia desigualdades regionais no acesso à saúde e na prevalência de fatores de risco. A pandemia de COVID-19 causou uma queda temporária nos casos, mas a recuperação subsequente reforça a importância de políticas públicas voltadas à prevenção e ao tratamento eficaz, com foco nas regiões mais carentes de infraestrutura e serviços médicos adequados.

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Publicado

2024-12-10

Como Citar

COVRE, Kassio et al. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR COLELITÍASE E COLECISTITE NO BRASIL, ENTRE 2019 E 2023. Periódicos Brasil. Pesquisa Científica, Macapá, Brasil, v. 3, n. 2, p. 2283–2297, 2024. DOI: 10.36557/pbpc.v3i2.288. Disponível em: https://periodicosbrasil.emnuvens.com.br/revista/article/view/288. Acesso em: 27 set. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde