DETERMINANTES GENÉTICOS E AMBIENTAIS DOS TRANSTORNOS MENTAIS

Autores

  • Marcelus Motta Negreiros Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo
  • Carlos Augusto da Conceição Sena Filho Centro Universitário São Lucas - UNISL Porto Velho/RO
  • Raissa Fernanda Maciel Gomes Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí - FAHESP/IESVAP
  • Tiago Wanderley Queiroga Lira Faculdade de Medicina Nova Esperança da Paraíba - FAMENE
  • Isabelle Laís Oliveira dos Santos Lira Faculdade Ciências Médicas da Paraíba - FCM-PB
  • César Felipe Sousa Rodrigues Centro Universitário UNINOVAFAPI
  • Francisco José Pascoal Ribeiro Júnior Hospital São Lucas da PUCRS
  • Elza de Araújo Dantas Universidade Potiguar - UnP
  • Victor Faleiro Ferreira Universidade Federal de Goiás - UFG
  • Mariana Navarro Henriques Miranda Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
  • Arlon Gravatá Almeida Lima Universidade Federal de Alagoas
  • Fabrício Mendes dos Santos Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS/DF
  • Marcus Vinícius Santos Mendes Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos de Araguari/MG
  • Thiago Arruda Ramos Schroetter Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
  • Jorge Brian Cavalcante Portela de Almeida Universidade Federal do Ceará
  • José Leandro dos Santos Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i1.33

Palavras-chave:

Transtornos mentais, determinantes genéticos, determinantes ambientais.

Resumo

Os transtornos mentais representam um grande desafio de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Entender os determinantes genéticos e ambientais por trás desses transtornos é crucial para melhorar o diagnóstico, tratamento e prevenção. Este estudo busca explorar a interação complexa entre fatores genéticos e ambientais na etiologia dos transtornos mentais, destacando suas implicações clínicas e terapêuticas. A genética desempenha um papel significativo na predisposição para transtornos mentais, com evidências robustas de hereditariedade em vários distúrbios, incluindo esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão. Estudos de genética molecular têm identificado uma variedade de variantes genéticas associadas a esses transtornos, embora o modelo de herança seja complexo e multifatorial, envolvendo múltiplos genes de pequeno efeito, interações gene-ambiente e epigenética. Além dos fatores genéticos, o ambiente desempenha um papel crucial na expressão fenotípica dos transtornos mentais. Experiências traumáticas na infância, estresse crônico, abuso de substâncias, adversidades sociais e condições socioeconômicas desfavoráveis são apenas alguns exemplos de fatores ambientais que podem aumentar o risco de desenvolver transtornos mentais. A interação entre fatores genéticos e ambientais é complexa e bidirecional, com cada um influenciando e sendo influenciado pelo outro. Compreender a interação entre determinantes genéticos e ambientais é essencial para uma abordagem mais holística no diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais. Intervenções terapêuticas que levam em consideração tanto os fatores genéticos quanto os ambientais podem ser mais eficazes na promoção da saúde mental e no tratamento dos sintomas. Além disso, estratégias de prevenção que visam modificar fatores de risco ambientais, como programas de intervenção precoce e apoio social, podem ajudar a reduzir a incidência e a gravidade dos transtornos mentais. Em conclusão, a interação entre determinantes genéticos e ambientais desempenha um papel fundamental na etiologia dos transtornos mentais. Compreender essa interação complexa pode informar estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento mais eficazes, promovendo assim a saúde mental e o bem-estar.

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Publicado

2024-06-10

Edição

Seção

Ciências da Saúde