USO DE FÁRMACOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS E SEUS IMPACTOS NA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DA ENTORSE DE TORNOZELO
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v4i2.380Palavras-chave:
Entorse de Tornozelo, Anti-Inflamatórios, Fisioterapia, Tratamento Farmacológico, ReabilitaçãoResumo
As entorses de tornozelo configuram-se como lesões musculoesqueléticas de alta prevalência, com impactos funcionais significativos e tendência à recidiva, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) é amplamente empregado no manejo inicial dessas lesões, embora sua influência sobre a recuperação tecidual e o processo de reabilitação ainda demande investigação crítica. O objetivo geral deste estudo é analisar os efeitos do uso de fármacos anti-inflamatórios na reabilitação fisioterapêutica da entorse de tornozelo. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com recorte temporal de 2021 a 2025, realizada por meio de busca sistematizada em bases como Scielo, PubMed e ScienceDirect, utilizando descritores controlados e critérios de elegibilidade previamente definidos. Os resultados apontam que, embora os AINEs desempenhem papel importante no alívio da dor e controle do edema na fase aguda da lesão, seu uso prolongado pode comprometer a resposta inflamatória necessária para a regeneração ligamentar, observou-se também que a fisioterapia, especialmente quando iniciada precocemente e baseada em exercícios funcionais e proprioceptivos, é essencial para a recuperação e prevenção de novas lesões. Conclui-se que a prescrição de anti-inflamatórios deve ser criteriosa e integrada ao plano terapêutico fisioterapêutico, respeitando os mecanismos biológicos da cicatrização e as fases da reabilitação, ademais, o estudo reforça a necessidade de uma abordagem clínica baseada em evidência e individualização terapêutica.
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