DERMATITE DE CONTATO POR IRRITANTE PRIMÁRIO
A importância em saber como intervir.
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.159Keywords:
Dermatite de contato, Irritante Primário, Dermatite Ocupacional, Doença de pele, Atenção primáriaAbstract
RESUMO
Introdução: A dermatite de contato (DC) pode ser distinguida em 2 tipos, absolutamente distintas: dermatite de contato por irritante primário (DCIP) e dermatite de contato alérgica (DCA). A DCIP decorre dos efeitos tóxicos e pró-inflamatórios de substâncias capazes de ativar a imunidade da pele ainda que de maneira não específica, não envolvendo uma reação imunológica intermediada pelas células T. O quadro clínico caracteriza-se por eritema, descamação e, por vezes, vesículas e bolhas, sendo o prurido, em geral, discreto ou ausente, substituído na maioria das vezes por sensação de dor ou queimação. As regiões mais acometidas são mãos, face, pescoço, pés e antebraços. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão bibliográfica, de característica narrativa sobre dermatites de contato por irritantes primários e a importância em saber como intervir. Resultados: A dermatite de contato é a causa mais frequente de afecção cutânea ocupacial, chegando a representar 90 a 95% do total destas, levando frequentemente os indivíduos a incapacidade laboral, sendo os agentes químicos o principal agente desencadeante. O diagnostico se baseia em exame dermatológico minucioso e a história clínica detalhada, associado a isso, os testes epicutâneos (patch test) são o método diagnóstico mais importante para a identificação. A prevenção primária segue sendo a melhor medida e engloba no reconhecimento e evicção da exposição a possíveis irritantes, aliado ao tratamento farmacológico. Conclusão: Mesmo sendo explícita o impacto da alta prevalência das DCIP na saúde pública, nota-se a falta de interesse em novas pesquisas acerca de tratamentos, em vista que a medida terapêutica mais eficaz é a exclusão do agente causal. Casos de DCIP reafirmam a importância de atentar-se a história clínica de cada paciente, pois é a única ferramenta capaz de garantir um diagnóstico precoce e consequente desfecho favorável ao paciente.
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