DIARREIA E GASTROENTERITE INFECCIOSA PRESUMÍVEL EM CRIANÇAS DO NORDESTE: EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES (2019-2023)
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.134Palavras-chave:
Diarreia, Gastroenterite, Criança, Epidemiologia, HospitalizaçãoResumo
INTRODUÇÃO: A diarreia e a gastroenterite de origem infecciosa presumível (CID A09) é classificada como uma doença diarreica aguda, caracterizada por pelo menos três episódios de diarreia aguda em um período de 24 horas. Essa condição pode levar a complicações graves em crianças, frequentemente necessitando de internações. OBJETIVO: Descrever a epidemiologia das internações por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível em crianças do Nordeste entre 2019 e 2023. METODOLOGIA: O estudo é descritivo, retrospectivo e quantitativo, focando nas internações por diarreia e gastroenterite infecciosa em crianças até 14 anos no Nordeste, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) através do DATASUS. Foram consideradas variáveis como região/unidade da federação, ano/mês de processamento, faixa etária, sexo, cor/raça e valor total. A análise dos dados foi realizada utilizando o Microsoft Excel, com apresentação dos resultados em tabelas e gráficos no Microsoft Word. RESULTADOS: Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, foram registradas 88.542 internações por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível em crianças até 14 anos no Nordeste. O pico de internações ocorreu em 2019, com 23.821 casos, seguido por reduções significativas em 2020 e 2021. A maioria das internações aconteceu nos meses de dezembro a março. O Maranhão registrou o maior número de internações (31.146), enquanto Sergipe teve o menor (1.899). Crianças do sexo masculino foram as mais afetadas (52,69%), e a faixa etária de 1 a 4 anos foi a mais impactada (50,58%). A maioria dos casos ocorreu entre indivíduos atudeclarados pardos (71,62%). O custo total associado às internações foi de R$ 32.262.847,03. CONCLUSÃO: A análise indica que as internações são mais frequentes entre crianças de 1 a 4 anos, do sexo masculino e pardas, residentes no Maranhão. É crucial garantir acesso a infraestrutura sanitária adequada, promover a conscientização sobre higiene alimentar e assegurar serviços médicos eficientes para prevenir o aumento das internações.
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