PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO CÂNCER DE PELE, NO BRASIL, DE 2019 A 2023.

Autores

  • Maria Gabryella Pereira da Silva Camarço Uninovafapi
  • Talya Aguiar de Lima Centro Universitário Uninovafapi
  • Millena Guedes Caland Brigido Faculdade CET
  • Jakson Francisco Rodrigues Sena Faculdade CET
  • Janaína Mendes Caldas Sampaio Faculdade CET
  • Maria Clara Neiva de Alencar Faculdade CET
  • Maria Clara Barbosa de Almeida Faculdade CET
  • Emília Moura Silva Faculdade CET
  • Ana Raquel Cordeiro Rodrigues Monte Faculdade CET
  • Thallyta Hellen Soares da Silva Centro Universitário Uninovafapi
  • Elmar Caland Brígido Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.156

Palavras-chave:

epidemiologia, neoplasias cutâneas, melanoma, não melanoma

Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil, o câncer de pele é o mais comum, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados. O tipo não melanoma, que inclui o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC), é o mais prevalente e tem a menor taxa de mortalidade. Esses tumores apresentam baixa letalidade e metástases raras. O câncer de pele afeta mais frequentemente pessoas com pele clara, sistema imunológico debilitado e exposição à radiação. O melanoma é o tipo menos comum de câncer de pele, mas possui o pior prognóstico e a maior taxa de mortalidade entre as neoplasias cutâneas malignas. Está associado à história pessoal ou familiar de melanoma e a queimaduras solares intensas em múltiplos episódios.METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, retrospectiva e descritiva, com abordagem quantitativa, a partir dos dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), realizado mediante dados sobre as notificações de cancer de pele, no Brasil, entre os anos de 2019 a 2023. RESULTADO E DISCUSSÃO: Entre 2019 e 2023, foram registrados 399.230 casos de câncer de pele no Brasil, com 46,1% dos casos em homens (184.515) e 53,9% em mulheres (214.715). A discrepância entre os sexos pode ser atribuída a fatores comportamentais, biológicos e socioeconômicos, incluindo a influência de hormônios femininos, como o estrogênio, na carcinogênese cutânea. A maior parte dos casos foi de outras neoplasias malignas da pele (74,22%), seguidas por carcinoma in situ (18,85%) e melanoma maligno (6,93%). A região Sudeste foi a mais afetada, com 41,29% (165.105 casos), seguida pelo Sul com 35,61% (142.043 casos). As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte tiveram 12,91% (51.558 casos), 6,42% (25.608 casos) e 3,74% (14.916 casos) respectivamente. A incidência por faixa etária mostra que as pessoas acima de 60 anos são as mais afetadas. Especificamente, as faixas etárias entre 60 e 64 anos representaram 12,06% (48.167 casos), entre 65 e 69 anos 13,22% (52.723 casos), entre 70 e 74 anos 12,89% (51.398 casos), entre 75 e 79 anos 10,87% (43.429 casos) e 80 anos ou mais 15,47% (61.786 casos). CONCLUSÃO: Conclui-se que as mulheres foram mais afetadas pelo câncer de pele e a região Sudeste teve um maior número de casos. A faixa etária acima de 60 anos foi mais atingida e as neoplasias malignas da pele representaram a maioria dos casos. Entre 2019 e 2023 registrou-se um aumento significativo de incidência. A combinação de fatores comportamentais, biológicos e regionais, exposição solar, influência hormonal e variações na densidade populacional e acesso à saúde, refletem esse aumento de casos.

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Publicado

2024-08-14

Edição

Seção

Ciências da Saúde