A REALIDADE VIRTUAL COMO ALTERNATIVA DE REABILITAÇÃO PARA PACIENTES PÓS-AVC

Resumo

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição neurológica que afeta as funções cognitivas e motoras, sendo classificado em dois tipos: isquêmico e hemorrágico. Nos últimos anos, a busca por abordagens mais eficazes e tecnológicas para a reabilitação pós-AVC tem se intensificado. Nesse contexto, a realidade virtual (RV) tem ganhado destaque como uma ferramenta promissora, pois oferece um ambiente simulado onde os pacientes podem praticar atividades de forma segura, potencializando a recuperação. Com isso, o objetivo do estudo é avaliar a eficácia da RV como complemento na reabilitação de pacientes pós-AVC, com foco na função motora e na realização de atividades de vida diária (AVDs). O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e U.S National Library of Medicine (NLM) (PUBMED). Com base na questão central, a busca pelos descritores foi realizada utilizando o operador booleano “AND” e em seguida foi utilizado os devidos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): “Virtual Reality”, “Rehabilitation”, “Stroke” e “Efficacy”. Foram selecionados seis artigos de acordo com critérios de inclusão relacionados à temática e ao período de publicação. De acordo com os estudos, a RV melhora o equilíbrio, o controle do tronco e a função motora dos membros superiores em pacientes pós-AVC. Pacientes que utilizaram o Nintendo Wii apresentaram avanços na função motora e na execução de atividades diárias. No entanto, a eficácia da RV, quando comparada à terapia convencional isolada, ainda é limitada. Por outro lado, quando combinada com a terapia convencional, a RV oferece maiores benefícios, aumentando o tempo de terapia e potencializando a reabilitação. Conclui-se que a realidade virtual é uma ferramenta eficaz na reabilitação de pacientes pós-AVC, principalmente quando combinada com terapias tradicionais. No entanto, são necessários mais estudos para confirmar os efeitos da RV em aspectos como força muscular e qualidade de vida, além de explorar novas tecnologias acessíveis para uso doméstico pelos pacientes.