TRANSFORMAÇÕES NA ASSISTÊNCIA AO PARTO NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A HUMANIZAÇÃO COM A PARTICIPAÇÃO DE DOULAS E PARTEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.71Resumo
A assistência ao parto no Brasil passou por diversas transformações, desde a assistência domiciliar até a hospitalar, e da medicalização à humanização. Políticas públicas enfrentam desafios significativos, como altas taxas de cesárea e mortalidade materna, refletindo problemas na saúde pública. Discussões recentes destacam a excessiva medicalização na gestação e no parto, impulsionando iniciativas governamentais, organizações não governamentais e movimentos de mulheres. Este trabalho, baseado em revisão bibliográfica qualitativa, propõe um histórico da política de parto no Brasil, analisando a evolução da assistência, a importância da participação de doulas e parteiras, e a implementação da humanização do parto. Destaca-se a necessidade de políticas públicas efetivas e de profissionais qualificados para garantir uma assistência respeitosa, acolhedora e centrada nas necessidades das gestantes e recém-nascidos.
Referências
ALVES, Elaine; TUBINO, Paulo. História da mulher na medicina. Brasília. 2014.
BOURGUIGNON, A; GRISOTTI, M. A humanização do parto e nascimento no Brasil nas trajetórias de suas pesquisadoras. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.27, n.2, abr.-jun. 2020, p.485-502.
BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília (DF); 2004.
. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília: Presidência da República, 2005.
. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais: o Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais e experiências. Brasília, DF. Ministério da Saúde, 2010.
. Ministério da Saúde. Portaria nº 1459/ GM/MS, de 24 de junho de 2011. Dispõe sobre a implantação da Rede Cegonha. Diário Oficial da União 2011; 25 jun.
BRENES, A. História da Parturição no Brasil, Século XIX. 7ª ed. Rio de Janeiro: Cadernos de Saúde Pública, 1991. p. 135-149.
CABRAL, Fernanda Beheregaray; RESSEL, Lúcia Beatriz; LANDERDAHL, Maria Celeste. Consulta de enfermagem: estratégia de abordagem à gestante na perspectiva de gênero. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3,p. 459-465, dez. 2005.
DAVIS-FLOYD, R. The technocratic, humanistic and holistic paradigms of childbirth. International Journal of Gynecology and Obstetrics, v.71, supl.1, p.S5-S23. 2001.
DESLANDES, S. A ótica de gestores sobre a humanização da assistência nas maternidades municipais do Rio de Janeiro. Cien Saude Colet 2005; 10(3):615-626.
DINIZ, C. Entre a técnica e os direitos humanos: possibilidades e limites da humanização da assistência ao parto. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2001.
, Carmen Simone Grilo. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciência e Saúde Coletiva, v.10, n.3, p.627 637. 2005.
DUARTE, Fernanda Lacerda. Movimentos Identitários: Associações Entre O Feminismo E A Escolha Pelo Parto Humanizado. In Ciências Sociais em foco: faces do Brasil no mundo contemporâneo. Universidade Estadual de Maringá. Paraná, 2013.
FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, Hubert L.; Rabinow, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária. p.231-249. 1995.
LEÃO, M. R. DE C.; BASTOS, M. A. R.. Doulas apoiando mulheres durante o trabalho de parto: experiência do Hospital Sofia Feldman. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 9, n. 3, p. 90–94, maio 2001.
OMS. Parteiras tradicionais. Declaração conjunta OMS/FNUAP/UNICEF. OMS, 1993. Genebra.
RODRIGUES, A. V.; SIQUEIRA, A. A. F. DE. Sobre as dores e temores do parto: dimensões de uma escuta. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 8, n. 2, p. 179–186, jan. 2008.
SANTOS, M. P. DA S. et al.. Humanização do parto: desafios do Projeto Apice On. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, n. 5, p. 1793–1802, maio 2022.
SANTOS, Marcos Leite dos. Humanização da assistência ao parto e nascimento: um modelo teórico. 2002. p. 249. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
SANTOS, D. DA S.; NUNES, I. M.. Doulas na assistência ao parto: concepção de profissionais de enfermagem. Escola Anna Nery, v. 13, n. 3, p. 582–588, jul. 2009.
SIMAS, Raquel. Doulas e o movimento pela humanização do parto − poder, gênero e a retórica do controle das emoções. Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia; 2016.
VALDES L., Verónica; MORLANS H., Ximena. APORTES DE LAS DOULAS A LA
OBSTETRICIA MODERNA. Rev. chil. obstet. ginecol., Santiago, v. 70, n. 2, p. 108-112, 2005.
VIEIRA, Elisabeth M. A Medicalização do Corpo Feminino. Coleção Antropologia e Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Editora FIOCRUZ. Rio de Janeiro. 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Beatriz Carraca Pitta, Ingrid Christyne Ferreira de Sousa , Filippo Fabi Bez, Sofia Serotini Pertinhez, Gabriela Passananti Lopes, Graziella Ferreira Moreira, vittória de Souza Carmona, Ule Hanna Gomes Feitosa Teixeira, Letícia Cholodisc Bertossi Perin, Thaís Natália Araújo Botentuit Neves, Janaína Monteles Aguiar, Kenia Laruse de Carvalho Lima Vitorino, Fernanda Castro dos Santos, Mayra Aparecida Mendes Ribeiro, Amanda Luiza Sattler
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.