ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR EMBOLIA PULMONAR NO BRASIL, ENTRE 2019 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.36557/pbpc.v3i2.233Palavras-chave:
Embolia, Internações, Infraestrutura, Disparidades, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: A embolia pulmonar (EP) é uma condição crítica resultante da obstrução súbita de uma ou mais artérias pulmonares por coágulos sanguíneos originários de outras partes do corpo, como as veias profundas dos membros inferiores. Este quadro clínico é uma emergência médica devido à interrupção do fluxo sanguíneo para os pulmões, o que pode levar a insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca e até mesmo ao óbito. A detecção e o tratamento rápidos são essenciais para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à EP. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações por embolia pulmonar no Brasil. METODOLOGIA: O estudo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (TABNET/DATASUS). A análise abrangeu internações por embolia pulmonar no Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, empregando estatística descritiva e tabulação em planilhas do Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre 2019 e 2023, o número total de internações por embolia pulmonar no Brasil aumentou de 10.092 para 12.794, refletindo uma elevação consistente nas taxas de hospitalização. A Região Sudeste apresentou o maior número de casos, totalizando 30.121 internações, enquanto a Região Norte, com 958 internações totais, teve o menor número absoluto, mas com um crescimento notável ao longo dos anos. Essas variações regionais destacam a necessidade de abordagens diferenciadas para a gestão e prevenção da embolia pulmonar. CONCLUSÃO: A análise das internações por embolia pulmonar no Brasil entre 2019 e 2023 revela um aumento geral nas taxas de hospitalização, com variações regionais significativas. Enquanto regiões com melhor infraestrutura, como o Sudeste e Sul, mostram gestão estável, áreas como o Norte e Centro-Oeste evidenciam aumentos notáveis. Essas disparidades ressaltam a necessidade de fortalecer a infraestrutura de saúde e promover a equidade no acesso aos cuidados para melhorar o manejo e a prevenção da embolia pulmonar em todo o país.
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